Biografia de Charlie Parker, lendário saxofonista alto

O saxofonista alto Charlie Parker foi um dos músicos de jazz mais influentes de todos os tempos. Conhecido também como Yardbird, ou simplesmente Bird, Charlie foi um dos pioneiros do bebop; muitas de suas músicas permanecem como standards até hoje. Pode surpreender você, mas Charlie Parker começou a tocar saxofone aos 11 anos, mas não era uma criança prodígio, nem de longe. Entrou para a banda da escola aos 14 anos e, segundo um relato, foi expulso por tocar mal, devido à falta de treinamento formal. Charlie, no entanto, não deixou que os contratempos o incomodassem, e em uma entrevista disse certa vez que, por três a quatro anos, ele praticou 15 horas por dia. Parte desse regime de prática incluía tocar as músicas de blues que aprendeu em todas as 12 tonalidades. Durante esse período, a habilidade de improvisação de Parker floresceu e ele começou a desenvolver algumas das ideias musicais que dariam origem ao bebop. No final dos anos 30, Charlie tocou com bandas de jazz locais na área de Kansas City. Conjuntos liderados por Count Basie e Bennie Moten eram populares na área nessa época e influenciaram a forma de tocar de Charlie. Em 1938, Charlie Parker juntou-se à banda do pianista Jay McShann, a Jay McShann's Territory Band. A banda tocou por todo o sudoeste e ocasionalmente viajou para mercados maiores, como Chicago e Nova York. Foi com Jay McShann que Parker tocou em sua primeira gravação profissional. Bird mudou-se para Nova York em 1939 e conseguiu um emprego como lavador de pratos no Jimmy's Chicken Shack para complementar a renda que ganhava com a Jay McShann's Territory Band. O pianista Art Tatum tocava com frequência no local e seu uso de arpejos rápidos teria uma influência na forma de tocar de Parker. Em 1942, Charlie Parker deixou a banda de Jay para tocar com a banda de Earl Hines. Uma banda que incluía Dizzy Gillespie no trompete. Uma greve de músicos de 1942-1943 tornou difícil documentar muito do que aconteceu durante esse período. Sabemos, no entanto, que naquele ano Paker tocou com um grupo de jovens músicos que abraçaram a nova forma bebop do jazz. Esse grupo de músicos incluía não apenas Parker e Gillespie, mas também outras lendas que logo se tornariam lendas, como Thelonious Monk, Charlie Christian e Kenny Clarke. Durante esses anos de formação do gênero, a maioria dos músicos de jazz mais antigos e consagrados não o abraçou. Alguns, no entanto, como Coleman Hawkins e Benny Goodman, apreciaram a nova forma de arte, tocando e gravando com músicos de bebop. O gênero que Charlie Parker praticamente inventou havia chegado. Charlie era famoso por aparecer em shows sem um instrumento e pegar emprestado de alguém na última hora. Por esse motivo, ele podia ser visto tocando muitas marcas e modelos diferentes de saxofone. Isso inclui Conn 6Ms, Selmer modelo 22s e 26s, e até mesmo um saxofone de plástico Grafton. Em 1947, ele mandou fazer um King Super 20 exclusivamente para ele. Ele parecia preferir boquilhas Brilhart, tendo usado tanto Ebolin quanto Tonalin Streamlines. Segundo rumores, ele usava palhetas duras Rico no início da carreira, mas depois mudou para uma 2 ½ na década de 1950.

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