Dez instrumentos musicais mais valiosos

Outro instrumento de sopro muito apreciado era o charamela, um instrumento de palheta dupla que costumava ser tocado junto com a gaita de foles no final da Idade Média. No Renascimento, o charamela costumava aparecer com uma versão maior de si mesmo, frequentemente conhecida como bombarda, por se assemelhar a um pequeno canhão. Conjuntos de dois ou três charamelas — geralmente acompanhados por um trombone — tornaram-se o principal tipo de grupo instrumental empregado por governos municipais e cortes reais. Instrumentos de sopro podiam ser incluídos em conjuntos de tambores de origem africana como instrumentos melódicos. Por exemplo, na costa atlântica da Colômbia, encontramos dois conjuntos de tambores compostos por repicador, llamador, tambora ou bombo, guache e maracas.

O tambor circular foi provavelmente introduzido da Síria-Palestina durante a XIII Dinastia (por volta de 1759–após 1630 a.C.). Os egípcios utilizavam instrumentos de percussão, sopro e cordas. Alguns desses instrumentos foram importados do Oriente Próximo, enquanto outros eram nativos do Egito. O instrumento de percussão mais simples era o bater de palmas com as duas mãos.

No Período Tardio (a.C.), um tambor de barril maior era usado com uma tira em volta do pescoço e era tocado por um homem. Esses tambores eram todos feitos esticando-se pele sobre uma estrutura de madeira.

Um modelo menor desses instrumentos assemelha-se a castanholas. Um instrumento relacionado é o menat, que também era associado à deusa Hator. Todos esses instrumentos foram usados ​​durante o Império Antigo e posteriormente. Músicos negros talentosos eram requisitados para eventos de brancos e — como no caso de Northup — conseguiam obter certa mobilidade, remuneração financeira, status e autossatisfação. Também eram requisitados para eventos sociais nas senzalas, um serviço pelo qual muitas vezes não cobravam.

Outra escrava, Fanny Randolph, relembrou como, em sua infância, as bandas tocavam "um violino mais largo, um tocava canudos, um banjo mais largo e um tocava ossos" (Born in Slavery, Georgia Narratives, vol. 4, pt. 3, p. 196). Trombetas renascentistas e diferentes tipos de instrumentos de sopro apresentavam um bocal em forma de taça.

Elas podiam ser fabricadas com diversos materiais — latão, prata e até madeira. Trombetas comumente serviam como dispositivos de sinalização e para "anunciar" pessoas ou eventos. Trombetas cerimoniais eram geralmente feitas de prata e adornadas com flâmulas com os símbolos de um governo ou de uma família nobre. As trombetas renascentistas, ao contrário das modernas, não tinham válvulas e tocavam apenas algumas notas, semelhantes às usadas em fanfarras. No início do século XV, surgiu uma trombeta de lâmina, que usava uma lâmina móvel para alterar o tamanho do instrumento e produzir todas as notas da escala.

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